Porque queremos ser felizes no trabalho?

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20.Sep.2021
Pode parecer duro dizê-lo, mas o trabalho não nos faz felizes. Pelo menos, na maneira e forma como o vivenciamos atualmente. Matamo-nos a trabalhar e somos, talvez, uma das gerações mais workaholic da História.

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Há uma enorme dificuldade em desligar do trabalho, em gerir família e emprego, em gerir o nosso sono, as nossas expectativas, as noites de domingo e, sobretudo, as segundas-feiras. 

Mas, por que queremos ser felizes no trabalho?

A resposta é complexa. Crescemos e estudamos com o objetivo de conseguir uma profissão que nos valorize e que nos atribua a gratificação que merecemos. Criamos expectativas, passamos muito tempo com os nossos colegas de trabalho e criamos amizades. Desenvolvemos uma atividade que deixou de ser apenas uma forma de ganhar dinheiro: é o significado de sucesso e de crescimento para muitos! 

As organizações já perceberam que os seus colaboradores não podem continuar a sentir-se desmotivados para trabalhar. Estar infeliz prejudica o desempenho e reduz a capacidade de pensar de forma crítica ou criativa, afetando o ritmo de trabalho. Já um trabalhador feliz é um trabalhador mais motivado e produtivo. 

Mas, qual é então o papel das empresas? Como podem elas promover uma cultura de felicidade no trabalho?

Existem, atualmente, empresas que contam com um Happiness Manager, um profissional especializado, que tem como missão promover a felicidade entre os colaboradores e alguns departamentos de recursos humanos estão a implementar atividades e recursos que possam criar este ambiente feliz. 

Mas há mais que pode ser feito!
  • Assegurar um bom ambiente de trabalho. As relações interpessoais entre colegas devem ser saudáveis. As atividades de team building são uma boa forma de fomentar a integração de colegas, assim como o sentimento de pertença à organização.
  • A vida pessoal é importante para a felicidade profissional! A flexibilidade entre vida pessoal e profissional, na gestão de férias e de tarefas é uma prática que pode reduzir a taxa de turnover das empresas, ajudando a reter talento.
  • Reconhecer o desempenho dos colaboradores. O “Obrigado/a”, o “Parabéns” ou o “Fizeste um bom trabalho” são formas de dar feedback positivo e eficaz. Atenção! Esta não deve ser uma atitude isolada perante um colaborador, mas sim uma atitude continuada.
  • Nem sempre tem de existir uma promoção. Quando falamos em oportunidades de progressão de carreira, não falamos apenas em aumentos salariais ou na ascensão a cargos hierarquicamente superiores. Aposte na atribuição de novos desafios e participação em projetos inovadores.
  • Oferecer salários e benefícios vantajosos. Não nos podemos iludir: o valor do salário é importante. É promotor da felicidade dos colaboradores e, muitas das vezes, da sua permanência numa empresa. Mas para além do salário, existem outros complementos, como prémios de produtividade, que podem ajudar a estimular a motivação e interesse.

Estas são algumas dicas que podem ser pensadas e implementadas, de acordo com a estratégia de cada empresa. Numa altura em que as taxas de turnover profissional são cada vez mais elevadas, torna-se imperativo reter talento.

Tem ouvido falar muito deste termo? Talento?

É natural. Nunca existiram tantos profissionais especializados em áreas em que a aprendizagem é longa, específica e trabalhosa.


Se temos talento a trabalhar connosco, e queremos que ele continue a ajudar-nos a obter bons resultados, não faz sentido fazê-lo feliz?